Em janeiro, as vendas de títulos públicos para pessoas físicas pela internet totalizaram R$ 3,649 bilhões, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional. O montante apresentou aumento de 13% em relação a dezembro, no entanto, uma queda de 16,46% comparado a janeiro do ano anterior.
O recorde mensal do Tesouro Direto foi registrado em março do ano passado, atingindo R$ 6,842 bilhões em vendas. Janeiro deste ano foi marcado por instabilidades no mercado financeiro global, influenciando o interesse de alguns investidores.
Os títulos mais buscados pelos investidores em janeiro foram os corrigidos pela Taxa Selic, com participação de 66,3% nas vendas. Já os títulos atrelados à inflação (IPCA) corresponderam a 20,3% do total, enquanto os prefixados representaram 9,9%.
O Tesouro Renda+, destinado ao financiamento de aposentadorias, e o Tesouro Educa+, criado para poupança no ensino superior, tiveram participações de 2,5% e 0,9% nas vendas, respectivamente.
O interesse em títulos associados à Taxa Selic é explicado pela alta da mesma. Mesmo com reduções recentes, a Taxa Selic está atualmente em 11,25% ao ano, ainda se mostrando atrativa para investimentos.
O estoque total do Tesouro Direto chegou a R$ 130,09 bilhões no final de janeiro, crescendo 1,61% em relação ao mês anterior e 22% em relação a janeiro do ano anterior. O aumento se deu devido às vendas superiores aos resgates no mês passado, em R$ 707,1 milhões.
No que diz respeito ao número de investidores, 468,1 mil novos participantes se cadastraram em janeiro, totalizando 26.918.583 investidores. Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 23,1% no número de investidores ativos.
Pequenos investidores demonstraram interesse no Tesouro Direto, com 84,3% das operações de vendas em janeiro sendo de até R$ 5 mil. As aplicações de até R$ 1 mil representaram 63,8% do total de 657.379 operações, sendo que o valor médio por operação foi de R$ 5.551,24.
Os investidores têm preferência por títulos de médio prazo, com vendas de títulos de até um ano representando 16,6% do total. As operações com prazo entre um e cinco anos constituíram 43,4%, entre cinco e dez anos 16,3%, e acima de dez anos 23,7% das vendas.
O Tesouro Direto foi criado em 2002 para ampliar o acesso de pessoas físicas a esse tipo de aplicação, possibilitando a aquisição diretamente do Tesouro Nacional, pela internet, sem intermediação de agentes financeiros. As vendas de títulos servem como uma forma do governo captar recursos para o pagamento de dívidas e compromissos, oferecendo um retorno baseado na Taxa Selic, índices de inflação, câmbio ou taxa prefixada.
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