Senado avalia utilizar fundos não reclamados, alterações no Imposto de Renda e repatriação de recursos para compensar desoneração.

O Senado está se movimentando para propor soluções que compensem a desoneração da folha salarial de diversos setores e municípios, após o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, devolver parte da medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que restringia a compensação de créditos do PIS e da Cofins.

Propostas em estudo

Dentre as propostas em análise, estão a atualização de bens de pessoas físicas e jurídicas no Imposto de Renda; a repatriação de recursos no exterior com regularização dos valores e pagamento de impostos no Brasil; e o uso de recursos esquecidos em contas judiciais de pessoas que ganharam ações na Justiça e não sacaram os valores. Além disso, a taxação de compras internacionais acima de US$ 50 também está sendo discutida como fonte de compensação.

Discutindo as medidas

Ainda não foram definidas de forma exata quais medidas serão apresentadas, nem o impacto financeiro que essas novas fontes podem trazer. A intenção é discutir as propostas na próxima reunião de líderes do Senado, marcada para o dia 13, e incorporá-las no projeto da desoneração da folha, que está sob relatoria do líder do governo, senador Jaques Wagner.

Reação no Senado

A decisão de Rodrigo Pacheco de devolver os trechos da medida provisória que limitavam o uso de créditos do PIS/Cofins pelas empresas veio após uma forte reação de diversos setores, incluindo a indústria e o agronegócio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ficou sem um plano B para a compensação da desoneração, o que levou o Senado a assumir a responsabilidade por apresentar as fontes de compensação.

Impacto da desoneração

De acordo com dados da Receita Federal, a desoneração da folha tem um impacto de R$ 26,3 bilhões em 2024. Os 17 setores beneficiados empregam 9,3 milhões de pessoas e geraram 151 mil empregos nos primeiros meses do ano. A preocupação dos parlamentares é encontrar formas de compensação sem prejudicar quem produz, evitando sacrificar setores como o agronegócio.

Conclusão

O Senado está empenhado em propor soluções que garantam a continuidade da desoneração da folha, mantendo a carga tributária reduzida para os setores beneficiados. As discussões sobre as fontes de compensação continuarão sendo debatidas, visando encontrar um equilíbrio que não prejudique a economia do país. Acompanhe as próximas etapas dessa importante questão fiscal no Brasil.