Um estudo recente da consultoria Elos Ayta foi divulgado nesta segunda-feira (15) para avaliar o comportamento dos principais índices de investimentos nos primeiros anos de nove presidentes do Brasil, desde Fernando Henrique Cardoso.
O estudo analisou os indicadores de CDI, poupança, Ibovespa e ouro, bem como a inflação medida pelo IPCA. Valores nominais e ajustados pelo IPCA foram considerados no estudo.
Os anos analisados para determinar qual governo foi mais favorável às finanças foram: FHC 1 – 1995, FHC 2 – 1999, Lula 1 – 2003, Lula 2 – 2007, Dilma 1 – 2011, Dilma 2 – 2015, Temer – 2016, Bolsonaro – 2019 e Lula 3 – 2023. Para o governo Temer, foi considerado o primeiro ano após o impeachment de Dilma, encerrado em 31 de agosto de 2016.
O estudo constatou que os dois primeiros governos de Fernando Henrique Cardoso e o primeiro mandato do presidente Lula foram os mais vantajosos para investimentos de renda fixa, como o CDI e a poupança. Já no governo Bolsonaro, esses investimentos registraram os piores resultados.
Em relação à renda variável, os investimentos tiveram desempenho mais favorável no segundo mandato de FHC e nos dois primeiros mandatos do presidente Lula, enquanto os piores resultados foram nos governos de Dilma e no primeiro mandato de FHC.
O Ibovespa teve sua pior rentabilidade no ano de 2023, com um aumento de 22,3%, representando a menor valorização dos últimos três governos.
Já o CDI registrou sua melhor performance desde o segundo governo de Dilma, atingindo 13,0% em 2023. O melhor desempenho ao longo do período analisado ocorreu no primeiro mandato de FHC, com uma valorização de 53,1%.
No primeiro ano do governo Bolsonaro, a rentabilidade real do CDI foi de 8,1%, posicionando-se como a quinta melhor performance entre os nove governos analisados.
No caso da poupança, o ano mais favorável foi durante o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, com uma rentabilidade nominal de 40,38% e um ganho real de 14,68%, descontando a inflação medida pelo IPCA.
Em relação ao ouro, seu desempenho em 2023 resultou na maior desvalorização na amostra para um primeiro ano de governo, com uma queda de -6,0%. Quando considerados os valores ajustados pelo IPCA, a maior queda foi registrada no governo Bolsonaro, com uma desvalorização de 10,1%.
Por fim, 2023 encerrou com uma inflação medida pelo IPCA de 4,62%, marcando a maior inflação desde o segundo mandato de Dilma Rousseff. A menor inflação foi registrada no primeiro ano do governo Temer, com 2,46%.
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