O Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, apresentou uma queda na tarde desta terça-feira (17). Paralelamente, o dólar valorizou em relação ao real. Neste dia, os investidores estão acompanhando o conflito no Oriente Médio e aguardando as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
Por volta das 15h43, o Ibovespa registrou uma queda de 0,66%, alcançando os 115.779 pontos. Já o dólar avançou 0,12% e está sendo negociado a R$ 5,0434.
No cenário externo, dados divulgados anteriormente mostram que as vendas no varejo nos Estados Unidos aumentaram além das expectativas em setembro. Isso ocorreu devido ao aumento das compras de veículos e dos gastos em restaurantes e bares por parte das famílias, o que sugere uma economia forte ao fim do terceiro trimestre.
Em geral, leituras que indicam a resiliência da atividade econômica costumam levar a apostas em juros mais altos por mais tempo. Isso ocorre porque é necessário restringir a economia para controlar a inflação. Por outro lado, os altos custos de empréstimos nos Estados Unidos costumam direcionar investimentos de mercados emergentes para o mercado de renda fixa norte-americano.
Nesse contexto, o mercado aguarda o discurso de Jerome Powell, agendado para quinta-feira, que pode fornecer mais informações sobre a trajetória da política monetária. Além disso, de forma marginal, a pauta do conflito no Oriente Médio continua permeando os negócios, como mencionado por Bergallo.
Uma visão geral mostra a fumaça subindo após os ataques de Israel em Gaza em uma foto datada de 09/10/2023 por REUTERS/Mohammed Salem.
Enquanto Israel planeja uma invasão terrestre em Gaza para acabar com o Hamas, os combates nas fronteiras também estão se intensificando em uma segunda frente na fronteira norte de Israel com o Líbano.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitará Israel na quarta-feira para demonstrar apoio na guerra contra o Hamas. Washington também está tentando reunir os Estados árabes para ajudar a evitar uma guerra regional mais ampla.
“Sabemos que, por pior que seja a situação no Oriente Médio, a forma e a intensidade com que o mercado interpreta as notícias irão diminuir gradualmente”, afirmou a analista sênior do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya, em nota aos clientes. “Mas, neste momento, ainda é muito cedo para baixar a guarda”, ponderou. “O risco de uma ofensiva israelense continua elevado e existe uma forte chance de uma queda acentuada no apetite (por risco) se os esforços diplomáticos falharem.”
Em relação a Wall Street, os principais índices estão em queda nesta terça-feira. Isso ocorre devido ao aumento dos rendimentos dos Treasuries e a dados econômicos mais fortes do que o esperado. Além disso, as ações de fabricantes de chips estão recuando após o governo do presidente Joe Biden anunciar que interromperá os embarques de chips de inteligência artificial para a China.
Por volta das 11h51 (horário de Brasília), o índice S&P 500 registrou uma queda de 0,25%, chegando aos 4.362,88 pontos. Enquanto isso, o Dow Jones caiu 0,20%, alcançando os 33.915,03 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite está em queda de 0,44%, com 13.508,81 pontos.
Na Ásia e Oceania, as ações tiveram um aumento nesta terça-feira, após dezenas de empresas chinesas anunciarem planos de recompra de ações para aumentar a confiança dos investidores. Além disso, a recuperação dos mercados globais também contribuiu para o sentimento positivo.
Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 1,20% e alcançou os 32.040,29 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,75%, chegando aos 17.773 pontos. Em Xangai, o índice SSEC registrou uma alta de 0,32%, com 3.083 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve um aumento de 0,35%, chegando aos 3.639 pontos. Em Seul, o índice KOSPI valorizou-se 0,98%, com 2.460 pontos. Em Taiwan, o índice TAIEX registrou uma baixa de 0,06%, com 16.642 pontos. Em Cingapura, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,25%, com 3.171 pontos. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 avançou 0,42%, chegando aos 7.056 pontos.
Com informações da Reuters.
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