Há quatro días da demissão do presidente-executivo da OpenAI, Sam Altman, uma carta enviada para o conselho de administração pela equipe de pesquisadores alertou sobre uma poderosa descoberta no campo da inteligência artificial que poderia ameaçar a humanidade, de acordo com informações da Reuters. A carta e o algoritmo de IA marcaram o início do processo de demissão de Altman, o garoto-propaganda da IA generativa, que é a tecnologia por trás do ChatGPT.
O retorno do executivo na terça-feira foi precedido por ameaças de mais de 700 funcionários de se demitirem em solidariedade ao líder demitido e de se juntarem à Microsoft. Segundo fontes, a carta foi um dos fatores que levou à demissão de Altman, devido a preocupações com a comercialização de avanços de IA antes do entendimento das consequências do uso da tecnologia. Até o momento, não foi possível analisar uma cópia da carta.
Após contatar a OpenAI, a Reuters afirmou que a empresa reconheceu a existência de um projeto chamado Q* e a carta para a diretoria antes dos eventos do fim de semana. Além disso, a empresa alertou a equipe sobre certas reportagens da imprensa, mas se recusou a comentar sobre sua precisão.
Acredita-se que o projeto Q*, pronunciado Q-Star, pode ser um avanço na pesquisa sobre o que é conhecido como inteligência artificial geral (AGI). Com vastos recursos de computação, o novo modelo foi capaz de resolver determinados problemas matemáticos, demonstrando ter um grande potencial.
Os pesquisadores consideram a matemática como a fronteira do desenvolvimento da IA generativa. Atualmente, a IA generativa é boa em escrita e tradução de idiomas, prevendo estatisticamente a próxima palavra e variando nas respostas. A conquista da capacidade de fazer contas, onde há apenas uma resposta correta, implica uma maior capacidade de raciocínio, semelhante à inteligência humana.
Em sua carta ao conselho, os pesquisadores destacaram a proeza e o perigo em potencial da IA generativa, sem especificar as preocupações exatas de segurança apontadas na carta. A existência de uma equipe de “cientistas de IA” também foi indicada, com foco em otimizar os modelos de IA existentes e melhorar seu raciocínio.
Especificamente, Altman liderou os esforços para tornar o ChatGPT um dos aplicativos de crescimento mais rápido da história e atraiu investimentos da Microsoft. Além disso, ele acreditava que grandes avanços na tecnologia de inteligência artificial estavam à vista em uma cúpula de líderes mundiais em São Francisco, mas foi demitido um dia depois.
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